Na tarde desta quarta-feira, 27 de julho, a direção do Sindeducação esteve na UEB Luís Viana, localizada no bairro da Alemanha. A escola passou por uma intervenção completa na estrutura e teve todo seu mobiliário renovado. Todas as salas de aula estão climatizadas, contando ainda com espaços de biblioteca, laboratório de informática e quadra poliesportiva (que precisa ainda de cobertura). É assim que o Sindeducação espera que todas as escolas da rede sejam entregues à sociedade ludovicense, para que as crianças, jovens e adultos tenham direito à educação de qualidade e dignidade em seu local de aprendizagem.
Mas a reunião solicitada por professores da UEB Luís Viana teve como pauta a nomeação da nova gestora geral. A comunidade escolar questiona essa nomeação, considerando que a atual gestora adjunta assume todas as responsabilidades e prerrogativas do cargo de gestora geral desde 2019, uma vez que não havia ninguém lotado nesta função. Além da sintonia com a equipe docente, a efetividade e qualidade do trabalho realizado pela gestora a credenciava para o cargo. Então, era consenso entre a comunidade escolar que a situação da gestora fosse regularizada. Inclusive, está sendo realizado abaixo-assinado com assinatura de professores, funcionários e pais de alunos reivindicando que a atual gestora adjunta seja nomeada como direção geral da escola.
Na reunião estiveram presentes também a secretária de Educação, Ana Caroline Salgado, a secretária Adjunta, Gusmaia Mousinho, e a superintendente do Ensino Fundamental, Juliana Barros, que ouviram as reivindicações dos professores e os argumentos da direção sindical, sem, no entanto, reconhecer a necessidade de que a solicitação da comunidade fosse atendida.
Essa situação, demonstra a necessidade de retomada das discussões em torno da pauta da eleição direta para gestor geral nas escolas municipais de São Luís. O primeiro Edital de eleição direta para gestores escolares da rede foi publicado em 2018 (Edital n° 01/18 de 13 de dezembro de 2018). Na época, foram identificados diversos problemas no processo, como falta de transparência e ampla divulgação do edital, excesso de exigências para concorrer ao processo seletivo e necessidade de renúncia à ampliação da jornada no momento da inscrição. Outro elemento grave daquele processo foi a possibilidade de oferta das vagas que não fossem preenchidas por servidores efetivos para candidatos externos!
Essa questão de torna ainda mais urgente porque o mandato dos gestores eleitos em 2019, termina neste ano. A Eleição Direta para Gestor de escola é estabelecida pelas metas 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) e 19 do Plano Municipal de Educação (PME).