GEDUC: Adoção de novo sistema no final do ano letivo gera uma série de reclamações entre os (as) professores (as)

Demonstrando sua habitual falta de organização e respeito para com os (as) professores (as), a SEMED resolveu substituir o Sislame, em pleno final de ano, por um novo sistema de gerenciamento das atividades pedagógicas, o Geduc. Isso tudo sem comunicado prévio e sem implementação de ações de formação, que possibilitassem a familiarização com o sistema e aprendizagem de seu funcionamento. Sem falar que não houve, se quer, um período de testes para avaliar a adequação ou não desta ferramenta para uso na Rede Pública Municipal de São Luís.

O sistema entrou em operação no início do mês (07/11) e as queixas que chegam aos dirigentes por meio de ligações ou pelos grupos de WhatsApp do Sindeducação são diversas, desde os problemas de funcionamento (impossibilidade de registrar as atividades porque o (a) professor (a) não está habilitado no sistema, professor (a) não consegue visualizar suas turmas e os nomes de discentes), até a falta de formação apropriada e satisfatória para seu uso. Mas o maior motivo de insatisfação diz respeito a implementação NO FINAL DO ANO LETIVO.

As (os) professoras (es) haviam sido informadas (os) de que os dados migrariam do Sislame para esse novo sistema, mas isso não ocorreu, apenas alguns dados migraram para o GEDUC.  As (os) gestoras (es) das escolas estão avisando que tudo deverá ser lançado novamente. Isto é, o trabalho realizado por quem já havia preenchido o primeiro bimestre (completo), segundo bimestre (completos) e terceiro bimestre (até 12/09, data em que o Sislame ficou sem operação), foi jogado no lixo.

Para as (os) professoras (es) dos anos iniciais a situação é ainda mais complicada, pois terão que, no encerramento do ano letivo, registrar as frequências, as notas e outros dados de pelo menos cinco disciplinas, referentes aos quatro bimestres, para cada aluno (as) de suas turmas. É desumano todo esse (re) trabalho, gerando uma sobrecarga sem precedentes, num ano em que as (os) professoras (es) receberam uma avalanche de avaliações, tiveram que executar as ações do Educar para Valer e em que o calor as impede até de pensar.

É inadmissível! A Semed deveria ter adotado um sistema que possibilitasse a migração dos dados do Sislame. Importante ressaltar que muitas (os) gestoras (es) começaram a fazer pressão na categoria para o uso imediato da ferramenta.

O Sindeducação, primeiramente, lamenta os transtornos que vêm sendo causados à categoria, que, mais uma vez, está diante de um “atropelo” cometido pela gestão municipal. Além disso, já oficiou a secretaria solicitando esclarecimentos sobre a forma como a pasta está conduzindo essa implementação e reivindicando que sejam discutidas melhores alternativas para evitar a sobrecarga de trabalho para as (os) professores (as) no final do ano letivo.

Além disso, a entidade considera que a liberação efetiva da plataforma para registro das atividades pedagógicas, só deveria acontecer mediante a disponibilização de formação continuada apropriada para que a categoria pudesse familiarizar-se e capacitar-se para utilizá-la, tendo suporte permanente para tirar suas dúvidas. A SEMED falhou também em não oferecer apoio e formação antecipadamente para todos aqueles que farão o uso do GEDUC, como a gestão, as (os) secretárias (os) e administrativas (os) das escolas e as (os) próprias (os) servidoras (es) lotadas (os) na Secretaria Municipal de Educação.

Com tanto embaralho fica a pergunta: quando teremos dentro da rede, de fato, programas que deem melhores condições para definição de políticas, estratégias de ação dentro da nossa rede, de forma que a educação pública, professores (as) e estudantes sejam beneficiados?

 

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