O Sindeducação prossegue visitando as escolas da Rede Pública Municipal de São Luís, com objetivo de realizar um diagnóstico sobre as condições dos espaços escolares para o pós-pandemia. O cenário, desolador, é marcante na maioria das UEB´s visitadas. Nos dias 16 e 19 de junho, a dirigente sindical, professora Nathália Karoline, fiscalizou diversas escolas das zonas Urbana e Rural da Capital.
Dentre as escolas visitadas no dia 16, a sindicalista esteve na UEB Sá Valle, escola polo localizada no bairro Anil, com mais de mil alunos matriculados, e que espera uma reforma geral desde 2018. “A estrutura dos banheiros está muito precarizada, apesar de apresentarem algumas intervenções que estão inacabadas. Os banheiros tiveram algumas peças sanitárias trocadas, porém, ainda não completaram a reposição e as instalações. Além de total falta de privacidade, com as portas quebradas e sem ter previsão de reposição. Há um banheiro individual separado para professores”, frisa a sindicalista.
A UEB Newton Neves, na Vila Palmeira, passa por um processo de reforma que nunca terminou. “A situação atual é preocupante em vários aspectos, pois, a interrupção dos serviços de reparos só agravou alguns problemas. O telhado está comprometido com muitos espaços entre as telhas que provocam um alagamento com uma grande passagem de água da chuva e nos pontos em que há forro PVC, o perigo é constante, devido ao acúmulo de água no forro, que vai pesando na estrutura e corre o risco de desabar”, aponta a sindicalista.
Outra escola de referência, visitada pelo Sindeducação, a UEB Alberico Sillva, o CIEP da Alemanha, única de ensino fundamental que atualmente funciona como “Escola de Tempo Integral”, também necessita urgentemente de uma reforma geral. Durante a vistoria foi constatada a execução de serviços de reparos nos banheiros e na parte externa das paredes de algumas salas de aula. “Uma gestora nos informou via telefone, que após o período de ‘lockdown’ começaram os serviços, mas não há previsão de conclusão da obra. Estão ampliando os banheiros e reativando os chuveiros da parte de vestiário, justamente para atender a necessidade de tempo integral, além da instalação de chuveiros externos”, pontua Nathália Karoline.
Na visita à UEB Luís Viana, também no Bairro Alemanha, a estrutura dos banheiros não está de acordo com as exigências sanitárias, foram observadas portas e descargas quebradas, mictórios individuais de louça que estão sem sifão, uma única pia em banheiros coletivos, dentre outros problemas. “Os demais banheiros estavam trancados com cadeados, inclusive, um banheiro feminino de uso exclusivo para professoras e funcionárias. Há escassez de bebedouros para a demanda de alunos”, relata a sindicalista.
No dia 19, a visita alcançou a UEB Dom Delgado, na Vila Cascavel, que atende cerca de 800 alunos. O prédio necessita de reparos no forro da entrada e instalação de forro nas salas da Biblioteca e do Telecentro, troca de torneiras e chuveiros, e melhoria das instalações das descargas dos aparelhos sanitários. “A UEB necessita de um bebedouro novo, os banheiros adaptados (um feminino e um masculino) estão sem portas e sem o kit sanitário adaptado. Segundo informações, a escola não tem problema de abastecimento de água, pois existe um poço artesiano próprio”, descreve o relatório.
Durante visita à UEB Roseno de Jesus Mendes, na Vila Janaína, que possui um histórico de problemas estruturais, objeto de inúmeras denúncias do Sindeducação, o retrato é de uma escola melhor em alguns aspectos. “Mas no aspecto primordial, que visa garantir condições sanitárias adequadas, a UEB está muito precarizada, os banheiros feminino e masculino não possuem torneiras, necessitam de cubas e possuem poucos vasos sanitários. A UEB dispõe de apenas de um banheiro unissex para professores, e muitas salas não possuem ventilação natural”, aponta Nathália Karoline.
O Sindeducação tentou visitar as UEB´s Miguel Lins, na Alemanha e São Raimundo, no Bairro São Raimundo, mas foi impedida de adentrar as escolas. Já a UEB Maria José Aragão – Educação Infantil, no Bairro São Raimundo, e UEB Evandro Bessa, Bairro Santa Bárbara, estavam fechadas no momento da visita. A Evandro Bessa com sinais de abandono.
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Imprensa Sindeducação.