Escolas impróprias para educação Infantil e alunos especiais estudam em um canto improvisado

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Para quem estabeleceu um prazo de 45 dias para reforma da UEB Jairo Rodrigues, localizado no bairro da Cidade Olímpica, e hoje já se passam três meses, não é pra menos, o secretário Municipal de Educação e o prefeito Edivaldo Holanda Junior vivem num lema de promessas que atinge além do corpo escolar (professores e alunos), as famílias da capital maranhense, que entregam seus votos na confiança de ver uma educação pública de qualidade, mas isso parece que está bem distante da atual realidade.

Aproximadamente 230 alunos, de 3 a 5 anos (Creche, Infantil I, II e sala de recurso), da Unidade Jairo Rodrigues, estão abrigados em condições totalmente inadequadas no Anexo Ribamar Bogéa (Cidade Olímpica), que também serviu de improvisação.

O local improvisado funciona apenas três salas na parte inferior e, em cada desses espaços, duas turmas que são separadas pelos armários. Na região superior da unidade, em uma sala, há mais duas turmas sem as condições necessárias para o ensino de crianças. Além disso, são apenas dois banheiros (Feminino e Masculino) que são utilizados por alunos e professores da Instituição escolar.

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Quem vê a unidade escolar nessas condições (Imagens abaixo), se pergunta se em São Luís existe Administração Pública. As crianças com necessidades especiais ficam totalmente expostas, pois não há uma sala específica para ela.  Incompetência ou descaso?

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Reclamações

“Alunos passam mal com o calor extremo do espaço que é extremamente pequeno, ainda mais essa quantidade de crianças somente em uma sala. Já solicitamos a saída desta escola e até agora não houve respostas. Eu ministro aula no Infantil II, e agora estou em outra turma, pois tenho problemas de saúde e não consigo subir escadas e descer escadas todos os dias. Por esse motivo troquei minha turma com outra colega. Já chega de tanto sofrimento. Não agüentamos mais esse descaso da gestão municipal. Queremos uma mudança urgente, desabafa a professora Silvana Rosa Santos. Queremos mais atenção da gestão municipal com essas crianças que sofrem todos os dias. Completou.

A professora Orfisa Surama, da Diretoria do Sindeducação, durante a visita nas dependências físicas da unidade, comentou com revolta, a deficiência do poder municipal com a educação infantil.

“É impossível alguém aprender numa escola onde o calor prevalece e o espaço é minúsculo. As crianças com necessidades especiais ficam em um local improvisado e apertado, além disso, os outros se improvisam no mesmo espaço formando duas turmas na mesma sala. Também sou professora da Educação Infantil e fico revoltada com essa realidade que se encontram as unidades de ensino da rede municipal de São Luís, criticou Surama da Diretoria do Sindicato.

A dona Dalva Sampaio, mãe de um aluno especial, relata a tristeza que sente vendo seu filho estudar nessas condições. Para ela, educação deve ser tratada como prioridade e não com desprezo. “Fico revoltada com tanto descuido. Só quero uma escola melhor pro meu filho” desabafou a mãe.

De acordo com informações e denúncias, parte do material de construção (brita e areia) que seria utilizado para reformar a UEB Jairo Rodrigues (Cidade Olímpica), que estava armazenado na própria unidade, foi levado pela construtora que presta serviço para Prefeitura de São Luís para suprir a necessidade da UEB Santa Clara, que teria sido queimada por vândalos. A Faixada da UEB Jairo Rodrigues.

Ainda segundo informações, o material levado pela construtora ainda não foi recolocado e a obra continua parada há três meses. Descaso ou abandono?

Também estiveram presentes acompanhando a visita as professoras Edilene Santos e Sauli Dias. “Não podemos aceitar essa problemática tão agravante nessas escolas. Isso é uma injustiça com as nossas crianças e professores. Queremos uma atitude imediata do poder público para solucionar esse grave problema na comunidade educacional”, criticaram.

Jean Norberto

Já na Escola Jean Norberto (Educação Infantil), que fica ao lado da Unidade Ribamar Bogéa na Cidade Olímpica, professores já solicitaram alguns reparos de manutenção, além de uma dedetização que possa afastar os pombos do local para não causar algo mais grave.

Foi enviado um documento assinado pelos professores firmando um acordo com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) que, até o dia 4 de janeiro de 2016, seja cumprido tudo o que foi relatado na documentação.

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