Mais de 200 escolas da rede pública municipal permanecem sem o serviço de vigilância privada. Será que a Prefeitura de São Luís e a Secretaria Municipal de Educação estão realmente preocupadas com a integridade física de alunos e professores?
A direção do Sindeducação, em visita periódica às unidades de ensino, além de constatar a falta de segurança que é pertinente, também constatou irregularidades na UEB Mariana Pavão, escola de educação Infantil, localizada no Bairro do Bequimão, que desde Julho de 2014, está sem o serviço de segurança. Abandono ou descaso?
Cerca de 75 crianças entre 3 e 5 anos, estudam na UEB Mariana Pavão. Na unidade funciona uma sala para creche e as outras para educação Infantil I e II (A e B). Das seis, apenas quatro salas funcionam normalmente, pois alguns alunos foram para colégios comunitários e outros abandonaram.
Lígia Sá Neves, professora da educação Infantil, durante conversa com a diretoria da entidade sindical, relatou problemas de infraestrutura em todo ambiente escolar, frisando que as repartições físicas – incluindo como prioridade a rede elétrica e sanitária – estão comprometidas, principalmente para receber crianças de 3 a 5 anos.
“As pias do banheiro não são adaptadas para as crianças. Elas ficam de ponta de pé para poder alcançar. Já relatamos esse fato para secretaria de Educação, mas como sempre nada foi resolvido. Eu tenho um problema gravíssimo na glândula; a falta de ventilação na sala é insuportável e prejudicial a minha saúde; as vezes tenho que sair do espaço de ensino por que me falta ar de tanto calor; além disso, atrapalha o andamento das atividades. Outro grande problema é que não temos o serviço de segurança”, criticou
De acordo com a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente do Sindeducação, a Secretaria Municipal de Educação tem sido irresponsável com a educação do município de São Luís em vários aspectos. Ainda de acordo com a presidente, o governo municipal negligência os problemas existentes no ambiente escolar, e continua inerte a situação de insegurança na comunidade educacional.
“Na verdade o poder público perdeu o controle em relação a todas as problemáticas recorrentes no espaço escolar. Unidades em situação de vulnerabilidade; espaços insuficientes e sem atrativos; a falta de manutenção corretiva, material pedagógico, biblioteca ampla, salas de informática; além de uma série de problemas da rede pública municipal de ensino. A entidade sindical vai continuar denunciando e cobrando ações concretas do governo municipal”, pontuou a presidente do Sindicato.
Descaso
Na área externa da comunidade escolar percebe-se o desrespeito da Prefeitura de São Luís com a educação da rede municipal. A unidade funciona em volta de um matagal; A quadra existente no local foi coberta pelo mato; o Muro da escola está derrubado.
No interior da unidade mais problemas. As imagens mostram o descompromisso da Prefeitura com as Escolas de Educação Infantil. Espaços deteriorados; cupins e paredes rachadas; a ausência de ventiladores, pias improprias.
Segundo os professores, a farda utilizada pelos alunos da Mariana Pavão se difere do fardamento escolar tradicional, que obrigatoriamente deve ser ofertado pela Secretaria Municipal de Educação. Cadê o fardamento oficial Geraldo Castro?
Ainda segundo eles, a farda utilizada pelas crianças da unidade foi produzida por uma mãe de aluno, ou seja, um acordo entre as famílias, por que a Semed não garantiu o fardamento escolar? Desrespeito!
Também esteve presente na reunião a professora Milca Pimentel, e a professora Izabel Cristina Dias, da Diretoria do Sindeducação. Para elas, a situação da unidade está completamente desfavorável para o ensino e inclusão de crianças.