Educadores decidem por fim a greve da rede municipal de ensino

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Por ampla maioria, os professores decidiram por fim ao movimento grevista iniciado em 25 de maio. A decisão foi aprovada na manhã de hoje em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no auditório da FETIEMA.

Formaram a mesa de trabalho a presidente do Sindicato, professora Elisabeth Castelo  Branco; os professores Benedito Oliveira Filho, Marcia Dutra e Orfisa Surama, dirigentes sindicais; além do assessor jurídico da entidade, Advogado Antônio Carlos Araújo Ferreira.

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Em pauta, uma das reivindicações da categoria é o reajuste salarial, o qual o índice em 2016 é de 11,36%, conforme decisão do MEC. Em contrapartida, o prefeito Edvaldo Holanda Junior impôs aos professores municipais o percentual de reajuste de 10,67%, em duas vezes, com a primeira parcela de 5,5% para junho, retroativo a janeiro e a outra para novembro de 4,9% sem retroativo. Como se não bastasse, a Câmara dos vereadores aprovou a proposta indecorosa do prefeito e causou ainda mais indignação à categoria.

A assessoria jurídica do sindicato entrou com ação no Tribunal de Justiça para declarar ilegal o parcelamento do valor de 10,67%, o que foi negado em liminar, e aguarda a decisão em fase de instrução. O Sindeducação por meio de sua assessoria jurídica irá cobrar judicialmente o retroativo sobre a parcela que o município se recusa a pagar.

Um outro ponto tratado durante a Assembleia foi a apreciação da proposta pelo fim da greve, condicionada a um acordo com a prefeitura de São Lus, no que diz respeito ao abono de faltas dos professores, o fim do processo de ilegalidade e isenção da multa de R$50.000 diários para o Sindeducação. A proposta do sindicato era dar fim ao movimento paredista e retomar as negociações com o governo.

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Sobre o fim da greve, a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, afirmou que a categoria decidiu pelo fim do movimento paredista, tendo em vista que ainda há diversos assuntos em pauta a serem discutidos na mesa de negociação, além de procurar uma alternativa com o governo municipal para discutir as faltas do mês de junho; a multa de R$50.000; além da remoção de professores, em virtude dos movimentos.

Afirmou ainda que a presidência do sindicato encaminhará um ofício solicitando à Secretaria de Educação a retomada imediata da mesa de negociação.

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Por fim, a professora Elisabeth destacou que o movimento grevista é uma luta legítima dos trabalhadores da educação e mesmo com essa decisão, a luta em defesa da qualidade da educação pública continua. “Fazemos a luta nos nossos espaços escolares exigindo os nossos direitos e o acesso à educação básica. A greve é um instrumento de denúncia e resistência pelos desmandos do governo atual; vamos continuar essa batalha pela educação”, concluiu a presidente.

 

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