Educação Municipal em 2016: 05 escolas invadidas só em janeiro

Visitas nas escolas Alberto Pinheiro e Mário Andreazza  (3)

Em 2015 a violência no espaço escolar gerou uma série de consequências para o corpo docente e discente que fazem parte rede pública municipal de São Luís. O cenário de criminalidade vivenciado ano passado ganhou proporções assustadoras, já em 2016, esse cenário está ficando cada vez pior. Exemplo disso foi o que aconteceu no Anexo Alberto Pinheiro, localizado no bairro Monte castelo, a escola foi invadida e assaltada durante a madrugada da última terça feira (19); a quinta instituição só no ano de 2016.

Estatísticas da entidade sindical apontam que a criminalidade tem se transformado em uma prática comum no ambiente de ensino e, só este ano, cerca de 5 escolas da rede pública de ensino municipal já sofreram algum tipo de violência. Em 2015, casos como assaltos, invasões, vandalismo, arrombamentos, enfim, uma diversidade de ações criminosas já faz parte da rotina de crianças, jovens, professores e da sociedade que depende do serviço público.

Escolas invadidas e arrombadas só este ano: Cidade Olimpica, Zuleide Andrade, Anexo alberto Pinheiro, Bernardina Espindola e Marcosine Bertol. 

No total, de 2014 para cá, aproximadamente 30 escolas foram vítimas da prática de vandalismo; um número altíssimo para quem prometeu revolucionar a educação municipal, que foi o caso do prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior quando assumiu o cargo em 2013.

FATO

Anexo Alberto Pinheiro – No decorrer da ação delituosa, bandidos levaram caixas de som, ventiladores, um computador completo, além de alguns materiais de menor valor. Segundo professores da unidade, os meliantes entraram por uma porta externa que dá acesso a cantina e demais salas de aula.

“Nós estamos em um completo desespero, pois não sabemos o que pode acontecer durante essas invasões criminosas. Trabalhamos com crianças e isso tudo nos preocupa diariamente. Reivindicamos por uma segurança presente e condições dignas de trabalho, algo que ainda não desfrutamos nessa atual gestão”, afirmou a prof. Márcia Cardoso.

Visitas nas escolas Alberto Pinheiro e Mário Andreazza  (2)

A prof. Isabel Cristina do Sindeducação, em conversa com os professores do anexo, pontuou a questão da insegurança como um desrespeito da atual gestão e disse que esse problema vem desde 2014; época em que a Secretaria Municipal de Educação e a Prefeitura de São Luís, decidiram reduzir em 50% o número de vigilantes nas instituições escolares.

“A entidade sindical tem cobrado e denunciado a Promotoria Especializada da Educação (Ministério Público) a solução dos intermináveis problemas da rede pública municipal de ensino que vai desde a falta de vigilância, precariedade nas redes elétrica, hidráulica e sanitária, como a falta de água. E sobre a insegurança, a SEMED sempre concluiu suas reuniões dizendo que as empresas de vigilância estão em licitação, mas na verdade, o que se tem são promessas e mais promessas do atual governo”, declarou a sindicalista. Reafirmando que a entidade sindical tem uma rotina semanal de visita às escolas, e dentro dessa perspectiva, vamos continuar cobrando incansavelmente as devidas melhorias em favor da educação pública municipal.

Para a prof. Marizete Silva, a violência ganhou um espaço significativo dentro das escolas municipais. “Vivemos a mercê não só dos bandidos, mas de um governo omisso que vem estragando a educação de nossas crianças. Queremos um basta nessa situação. Não aguentamos mais”, desabafou a educadora.

Omissão – Dentre um exorbitante índice de problemas no ambiente educacional, já é comum o posicionamento do secretário de educação Geraldo Castro e do prefeito Edivaldo Holanda Junior, que em 2016, ainda permanecem num estado de apatia; e sem apresentar soluções efetivas, a educação tem se tornado a menor das preocupações do atual governo.

1 comentário

  • MARIA disse:

    Os vândalos estão ajudando o prefeito a cumprir uma promessa de campanha feita na eleição de 2012, na qual ele prometeu “acabar com todos os anexos” os bandidos estão dando uma ajudinha pra fechar o mandado e ele poder olhar no rosto da população e dizer “Eu finalmente acabei com todos os anexos”.

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