Esse texto foi produzido pela professora Safira Pavão, em alusão à Páscoa. Boa leitura!
O termo PÁSCOA deriva do verbo hebraico “PESACH”, cujo significado é; “PASSAR POR CIMA”, dando-nos a ideia de LIVRAMENTO, PROTEÇÃO. “E aquele sangue vos srá por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, PASSAREI POR CIMA de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito” Êxodo 12:13.
Sua origem deu-se no final do período em que o povo hebreu encontrava-se escravizado no Egito sob o domínio de faraó, durante 400 anos. Foi instituída por Deus e comemorava o êxodo dos judeus desse país, bem como sua libertação. Disse o SENHOR a Moisés e a Arão na terra do Egito: Este dia vos será por memorial, e o celebrareis como solenidade ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo. Guarda o mês de abibe (março-abril) e celebra a Páscoa do SENHOR, teu Deus; porque, no mês de abibe, o SENHOR, teu Deus, te tirou do Egito, de noite. Nela, não comerás levedado; sete dias, nela, comerás pães asmos, pão de aflição (porquanto, apressadamente, saíste da terra do Egito), para que te lembres, todos os dias da tua vida, do dia em que saíste da terra do Egito. Êxodo 12:1, 14; Deuteronômio16: 1,3.
É a primeira das três festas dos judeus, conhecida também como FESTA DOS PÃES ASMOS, “pão feito sem fermento”. Guardarás a Festa dos Pães Asmos; sete dias comerás pães asmos, como te ordenei, ao tempo apontado no mês de abibe, porque nele saíste do Egito; ninguém apareça de mãos vazias perante mim, senão no lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a Páscoa à tarde, ao pôr-do-sol, ao tempo em que saíste do Egito. Êxodo 23:15; Deuteronômio 16:6. COM ERVAS AMARGOSAS, ao comer a PÁSCOA, esses ingredientes relembrariam as amarguras sofridas no Egito.
O elemento principal da ceia pascal era o cordeiro, cujo sangue apontava profeticamente para o CORDEIRO DE DEUS, que tira o pecado do mundo. Fale a toda à congregação de Israel, dizendo: Aos dez deste mês, cada um tomará para si um cordeiro, segundo a casa dos pais, um cordeiro para cada família. Mas, se a família for pequena para um cordeiro, então, convidará ele o seu vizinho mais próximo, conforme o número das almas; conforme o que cada um puder comer, por aí calculareis quantos bastem para o cordeiro. O cordeiro será sem defeito, macho de um ano; podereis tomar um cordeiro ou um cabrito; Não poderás sacrificar a Páscoa em nenhuma das tuas cidades que te dá o SENHOR, teu Deus, senão no lugar que o SENHOR, teu Deus, escolher para fazer habitar o seu nome, ali sacrificarás a Páscoa à tarde, ao pôr-do-sol, ao tempo em que saíste do Egito. No dia seguinte, viu João a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo! Êxodo 12:3 – 5; Deuteronômio 16:5,6; João 1:29.
O SANGUE DO CORDEIRO – Não era desperdiçado, tinha grande valor e significado para os israelitas. O sangue deveria ser posto sobre ambas as ombreiras (partes verticais da porta) e na verga (parte horizontal, sobre as ombreiras). Nessas partes o sangue seria visto por todos. Não seria posto nas soleiras para não ser pisado. Por esse sangue eles seriam salvos, quando da passagem do anjo exterminador na terra do Egito porque o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos ferir. Êxodo 12 : 23. Da mesma forma, é pelo sangue de JESUS que somos salvos da ira de Deus. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira vindoura. Romanos 5:9.
Assim como já temos visto, coelhos e ovos de chocolate nada têm a ver com a verdadeira Páscoa. É uma das muitas tradições que veio do paganismo e que, infelizmente foi abraçada pelos cristãos, onde os comerciantes aproveitam para obter lucro com a venda dos mesmos. É uma tradição sem fundamentos, sem valor algum para os verdadeiros cristãos e que desvirtua o verdadeiro significado da PÁSCOA.
Os cristãos vêm na PÁSCOA, um significado redentor. A maioria das igrejas cristãs comemoram a nova Páscoa, não uma vez por ano, mas todos os meses na CEIA que consiste no PÃO e VINHO, símbolos autênticos da Verdadeira PÁSCOA, conforme o mandamento do Senhor à sua Igreja: “Fazei isto em memória de mim” Lucas 22:19.
O cordeiro como animal, não precisa mais ser imolado, pois o CORDEIRO de DEUS é JESUS. Para isto se manifestou o Filho de Deus: I João 3:8. JESUS ordenou que o pão fosse comido em memória d´Ele Lucas 22:19, e não mais o cordeiro em memória da saída do Egito. JESUS tomou o cálice do “fruto da vide” (vinho sem fermento) e disse que era o sangue do Novo Testamento, ou seja, a Nova Aliança, para remissão dos pecados, e que ele deveria ser tomado em sua memória I Coríntios 11:25.
Por Safira M. Pavão