Docência inclusiva é discutida durante seminário em São Luís

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Questões pontuais e importantíssimas que apontam caminhos para uma educação especial eficiente foram abordadas durante o II Seminário de Docência Inclusiva: Um olhar dentro da escola, realizado entre os dias 23 e 26 de novembro, pelo projeto do consultório Ludic, especializado em desenvolvimento infantil. Psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais integraram o time de palestrantes.

A equipe multiprofissional enriqueceu a discussão, apontando estratégias de suporte pedagógico no contexto inclusivo. Em pauta, o autismo; o atendimento devido às crianças com deficiência intelectual; e a proposta de utilização de um Plano Educacional Individualizado (PEI), que pretende respeitar os limites dos alunos com necessidades educacionais específicas para garantir a inclusão.

Para a professora Nathália Karoline Santos, da rede pública municipal de ensino de São Luís, eventos como esse são muito importantes porque quebram muitas barreiras e visões precipitadas.

“O que acontece hoje na rede municipal de ensino de São Luís é uma pseudo inclusão ou uma quase inclusão. Em alguns aspectos acontece apenas uma integração. O aluno com deficiência chega, é inserido em uma sala de aula regular, mas não participa das atividades rotineiras da turma com os outros alunos. Ele fica, muitas vezes, de lado, esquecido no fundo da sala de aula ou entretido com uma folha e um lápis colorido. Não há acompanhamento, não há programa de estimulação para que esse aluno consiga expressar o que o cognitivo dele lhe permita”, frisou a professora.

A realidade do ensino nas escolas públicas municipais de São Luís não atende à contento às necessidades dos alunos com necessidades especiais. Falta estrutura física, investimento em capacitação profissional e boa vontade da gestão municipal. A formação continuada dos professores não tem recebido a atenção devida da Secretaria Municipal de Educação (Semed). O acúmulo dessas desassistências compromete o aprendizado e desempenho cognitivo dos estudantes com necessidades especiais.

“A rede pública como um todo não está preparada para receber os alunos com necessidades especiais. É preciso haver um despertar dos educadores para trabalhar com essas crianças. Os docentes precisam ir à luta, abraçar o desafio da educação inclusiva, e não somente ficar à mercê da gestão municipal”, concluiu a professora Nathália.

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