Sindeducação e membros da base se reuniram, na manhã desta quinta-feira, 15, com o Comitê Gestor Financeiro para discutir a pauta salarial/2018 da categoria.
A presidente, profª Elisabeth Castelo Branco, abriu a reunião fazendo um discurso de repúdio ao fato de a Secretaria Municipal de Educação não ter autonomia para gerir o recurso financeiro da pasta, que continua sendo gerenciado pela Secretaria Municipal de Fazenda. “É inaceitável que o secretário de educação, senhor Moacir Mendes Feitosa, não tenha autonomia de decisão aos recursos financeiros da Educação, o qual ele é gestor. Essa situação dificulta o processo de negociação, uma vez que a discussão direta com o titular da pasta seria mais eficaz, ” frisou.
A discussão foi acirrada, e o Sindicato foi incisivo ao cobrar do Comitê Gestor Financeiro dados de gastos e o parecer sobre a demanda financeira da categoria: reajuste salarial, o pagamento das perdas salariais acumuladas nos últimos quatro anos e a concessão dos direitos estatutários (titulação e progressão horizontal).
Durante o debate, a presidente do Sindeducação, profª Elisabeth Castelo Branco, foi enfática ao defender que a categoria não vai aceitar mais um ano sem reajuste.
“O governo municipal precisa entender que no ano passado não houve negociação. Houve uma imposição de não concessão de reajuste salarial e a categoria vem acumulando perdas significativas. Diante dessa situação, os professores acabam duplicando ou triplicando a jornada de trabalho para aumentar a renda. Somando-se a isso os educadores ainda enfrentam a precariedade das condições de trabalho. Outro fator preocupante é o crescimento do índice de afastamento para tratamento de saúde dos professores da rede pública municipal de São Luís. Diante de todos esses fatores, da angustia da categoria, a entidade sindical se mantém firme na defesa dos direitos dos trabalhadores da educação”.
“A postura desse governo e o arrocho salarial que vem fazendo com os servidores públicos municipais, em particular com os profissionais do magistério é cruel e desumano. São pais e mães de família que precisam ser respeitados e valorizados pelo Prefeito”, completou a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco
O assessor da entidade sindical, Antônio Carlos, acrescentou que com o aumento da inflação e, caso ocorra o congelamento de dois anos consecutivos, a vida financeira do professor será severamente afetada.
O Sindeducação apontou, ainda, que uma das metas do Plano Municipal de Educação (PME) é a valorização dos profissionais do magistério, através do melhoramento da remuneração, que segundo a legislação deve igualar-se as das outras profissões de nível superior.
A próxima reunião foi marcada para o dia 26, segunda-feira, às 15h, onde serão apresentados os dados financeiros.
Professor, vamos fortalecer a nossa frente de luta, nos organizarmos, em resistência, em defesa dos nossos direitos.