Entregue no dia 23 de dezembro de 2020, pelo prefeito Edivaldo Holanda Júnior, para o bairro do Rio Grande, na Zona Rural de São Luís, a UEB Maria Thereza Cabral parecia ser um sonho para milhares de crianças e jovens da região, no entanto, até o momento, a comunidade escolar não pôde realizar suas atividades escolares no espaço.
Com uma estrutura completa, com salas grandes, arejadas, área externa ampla para atividades recreativas, quadra esportiva e laboratórios, a escola estaria pronta para o retorno presencial, porém, mais uma vez, a população padece diante da negligência da administração do município. Segundo denúncia que chegou ao Sindeducação, a escola só ainda não retornou presencialmente porque não há energia elétrica no prédio, pois consta um débito com a Companhia de Fornecimento de Energia Elétrica, que a Prefeitura de São Luís, até o momento, recusa-se a pagar.
Sem aulas presenciais, crianças e jovens da comunidade, em 2021, seguiram acompanhando as atividades por meio do WhatsApp e, aquelas que não conseguiram ter acesso aos meios remotos, seus pais e responsáveis tiveram que se dirigir até a UEB José Augusto Mochel, localizada no Maracanã, para receberem a atividades impressas, pois é com a ajuda desta outra escola, que os professores se esforçaram para que seus alunos não fossem ainda mais prejudicados e ficassem sem vínculo com a escola.
Além das atividades impressas, no ano passado, por exemplo, a entrega do Cartão Alimentação para os alunos da UEB Maria Thereza Cabral também foi direcionada para UEB José Augusto Mochel. Outro problema fica para os profissionais que precisam estar diariamente dentro da escola, a exemplo do gestor e equipe terceirizada de segurança e limpeza, que sofrem com o calor e falta de iluminação de ambientes que dependem de luz acesa, a exemplo dos banheiros.
O Sindeducação lamenta a falta de interesse da Prefeitura de São Luís em resolver o problema. A entidade, durante as blitzes realizadas ao longo de 2021 e já retomadas neste ano, formalmente já fez a denúncia e solicitou providencias cabíveis aos órgãos competentes, a exemplo do Ministério Público do Estado do Maranhão. Durante o ano de 2021, dezenas de ofícios foram remetidos à Secretaria Municipal de Educação (Semed) e ao prefeito Eduardo Braide, além de cobranças em reuniões presenciais com todos os secretários que passaram pela pasta, solicitando a apresentação de um documento que apresentasse o planejamento de reformas e reparos das UEBs, bem como previsão de abertura, mas, infelizmente, a Prefeitura de São Luís recusa-se também a atender esta demanda.