DEBATE | Sindeducação participa de Audiência Pública sobre extinção do CINTRA

PL de autoria do Governo do Estado extingue Fundação Nice Lobão e institui o IEMA no local, acabando com a oferta do Ensino Fundamental na escola.

A Direção do Sindeducação participou, no último dia 18, da Audiência Pública que discutiu o funcionamento, transição e extinção do Centro Integrado Rio Anil – CINTRA, que será transformado em IEMA. O evento, realizado no Teatro da Escola, foi promovido pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa. As dirigentes sindicais Elisabeth Castelo Branco (presidente), Nathália Karoline (2ª tesoureira), e Gleise Sales (assuntos educacionais), representaram a entidade no evento.

A audiência contou com a participação dos deputados estaduais Hélio Soares (PR), presidente da comissão; Wellington do Curso (PSDB) e Adriano Sarney (PV), autores da proposta da audiência, além de alunos, professores e da diretoria do Cintra.

Segundo o deputado Wellington do Curso, a audiência foi convocada em razão de pedido da comunidade escolar, acerca de denúncias sobre a falta de estrutura para implantação do Instituto, e por melhorias no ensino da escola. O Projeto de Lei 219/2019, aprovado pelo Plenário da Assembleia Legislativa em sessão do último dia 19, é de autoria do Poder Executivo e extingue a Fundação Nice Lobão, transformando o Centro de Integração Rio Anil (Cintra) em mais uma unidade do IEMA.

Auditório do Teatro do Cintra ficou lotado durante Audiência Pública.

“Recebemos várias denúncias e solicitações por meio do projeto “De olho nas Escolas” e, diante disso, estamos aqui para registrar e ouvir as partes mais interessadas nesse processo, professores, alunos e sociedade civil organizada”, frisou Wellington.

Depois de quase quatro horas, a audiência não avançou por conta do desconhecimento do público presente sobre o tema e de assuntos internos, que tomaram o debate entre os alunos. “Ficou evidente o aparelhamento do Cintra pelo governo, o que, segundo ele, dificultou o debate”, lamentou Wellington.

Durante a audiência, a professora Elisabeth Castelo Branco ressaltou que a comunidade escolar, professores, alunos e pais, precisam conhecer o projeto de transição e debater se as modificações vão melhorar ou piorar a realidade do CINTRA. “No contexto da audiência, verificamos o total desconhecimento da comunidade escolar acerca desse projeto de lei que altera profundamente a estrutura atual, e que os personagens diretamente atingidos não estão sendo esclarecidos sobre as mudanças postas”, alertou a sindicalista.

Professora Elisabeth Castelo Branco frisou a importância do debate com a comunidade escolar.

Mesmo com a aprovação do projeto, os parlamentares afirmaram que vão marcar outra data para a realização de uma segunda audiência pública. Desta vez, será realizada na Assembleia Legislativa, com a presença de professores, diretoria, pais e mães de alunos.

Com informações do Portal Assembleia.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.