Durante a segunda reunião realizada com a Secretaria de Educação, no último dia 17, o Sindeducação denunciou a situação de abandono de diversas obras de construção e reforma de escolas e creches municipais. No encontro, o Sindeducação apresentou ao secretário Moacir Feitosa uma lista de unidades que necessitam de atenção, urgente, da SEMED. A Direção do Sindeducação, ratificando sua preocupação e compromisso com a Educação Pública, firmou cooperação com a SEMED para acompanhamento e vistoria das obras de reforma e construção de escolas e creches da Capital.
Pelo sindicato, participaram da reunião, a professora Elisabeth Castelo Branco, presidente; professora Gleise Sales, Assuntos Educacionais; professora Nathália Karoline dos Santos, 2ª Tesoureira; professora Mary Lourdes Santos, Aposentados; e o assessor jurídico do Sindeducação, advogado Antônio Carlos Araújo Ferreira.
A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, explicou que o sindicato já faz essa tarefa desde 2014, com competência reconhecida até pelo Ministério Público do Estado do Maranhão – MPMA, que já utilizou os relatórios do sindicato para embasar abertura de Inquéritos Civis e propor ações na Justiça.
“Em razão da reduzida equipe de profissionais de Engenharia e Arquitetura, lotados na Secretaria de Educação, que não conseguem acompanhar as demandas emergentes e urgentes da Rede Pública de São Luís, a diretoria do Sindeducação, que já desenvolve sistematicamente essa atividade, vai buscar colaborar com o município repassando, à SEMED, todos os relatórios das visitas realizadas”, explicou a dirigente do sindicato.
O Sindeducação denunciou, exaustivamente, a falta de planejamento das reformas e manutenção física das escolas municipais, que encontram-se abandonadas. As sindicalistas presentes nominaram várias escolas que passaram ou que ainda passam por serviços de intervenção; ou por reforma completa, onde é visível o desgaste e a má qualidade dos serviços realizados.
A professora Elisabeth Castelo Branco também pontuou o contraste existente nas escolas que possuem prédios Polo e Anexo, ou de escolas recém-reformadas, como é o caso das UEB´s Ronald Carvalho, na Zona Urbana; e UEB Honório Odorico Ferreira, na Zona Rural.
O sindicato reiterou pedido de explicações para a situação de abandono das UEB’s Mata Roma; Darcy Ribeiro; João Mohana; e da escola UEB José Teixeira de Mota, na Zona Rural, visitada recentemente pelo sindicato.
Segundo Moacir Feitosa, a instalação da UEB Mata Roma na Paróquia João Calábria deveria ser provisória, e que a SEMED é ciente que deve haver a regularização dessa situação junto ao Pároco. Sobre a José Teixeira de Mota, explicou que o Ministério Público emitiu nota contrária à reforma da escola, em razão do alto custo da reforma, e pelo fato do prédio ser cedido de terceiros (Associação de Moradores).
“Faltam equipes de Engenharia e empresas qualificadas para atender a demanda de obras da Rede Pública Municipal de São Luís. É salutar que o Sindeducação prossiga visitando e vistoriando as obras, para nos fornecer relatórios, estabelecendo um canal de diálogo com o chefe do setor de engenharia da SEMED”, sinalizou.
Na oportunidade, o Secretário entregou à Presidente do Sindeducação duas listas de controle da ATENA – Assessoria Técnica de Engenharia e Arquitetura, uma lista contendo as escolas contempladas com reforma com/sem climatização e a outra lista das escolas contempladas com serviços de intervenção que já foram concluídas ou que estão em andamento.
Para acessar a lista das escolas contempladas com reforma, clique AQUI.
Para acessar a lista das escolas com/sem climatização, clique AQUI.
CRECHES – A professora Elisabeth Castelo Branco também questionou a SEMED sobre o cumprimento do prazo de abertura e funcionamento da Chácara Brasil. A secretaria havia prometido, desde Abril, que a partir do dia 05 de agosto de 2019 o prédio já estaria em pleno funcionamento, servindo à comunidade daquela região. “O mobiliário não existe, o forro está comprometido e precisa ser trocado, dentre outros problemas que sinalizam mais atraso na abertura do espaço que está pronto desde Outubro de 2018”, comenta a professora Elisabeth Castelo Branco.
O sindicato também apresentou imagens e vídeos que comprovam descaso e abandono da obra da creche Cidade Operária, onde o forro está desabando; há desgaste em toda infraestrutura do prédio, e não existe pavimentação ou calçamento na entrada. “Desde o mês de Março foram prometidos inúmeros serviços de reparos, a instalação da subestação da CEMAR para climatização das salas; mas nada foi cumprido”, lamentou a sindicalista.
A creche do bairro São Raimundo que está tomada pelo matagal, abandonada, onde foram levantadas apenas as paredes do que deveria ser uma creche.
Imprensa Sindeducação.