No final da quinta-feira, 04/03, a diretoria do Sindeducação promoveu, virtualmente, uma roda de conversa com os profissionais da educação que realizaram o concurso da Prefeitura de São Luís no ano de 2016 e, até o momento, não foram convocados. Cerca de 130 pessoas temem não serem nomeadas até o final do prazo de validade do concurso, que é no dia 31 de maio deste ano, e pedem ajuda ao sindicato para que a administração municipal solucione o caso o mais rápido possível. Representaram o Sindeducação na reunião, a presidente Sheila Bordalo, o secretário de Assuntos Jurídicos, Cássio Souza, a secretária de Comunicação, Ana Paula Martins, a secretária de Mobilização Sindical, Adriana Costa e o assessor jurídico da entidade, Antônio Carlos Araújo.
Ao abrir a sala da reunião virtual, a presidente Sheila Bordalo prestou solidariedade aos profissionais que estão nesta situação, informando que desde quando a gestão “Da unidade vai nascer a novidade” assumiu a diretoria do Sindeducação, a convocação desses profissionais é uma das principais pautas de reivindicação junto à Prefeitura de São Luís. “Em nossa primeira reunião com o até então secretário de Educação, José Cursino Raposo, realizada em 18 de dezembro, nós já iniciamos a cobrança, assim aconteceu também quando a secretária Esmênia Miranda assumiu a pasta e reuniu conosco. Nós que estamos no chão da escola sabemos da carência real da rede municipal e entendemos que o que falta neste momento é boa vontade e agilidade para convocá-los”, declarou.
A presidente informou, ainda, que o sindicato também solicitou no mês de janeiro à Semed um documento oficial que contenha informações precisas sobre o atual cenário da rede para tomar as providencias cabíveis ao caso, lamentando que, como justificativa, a secretaria diz estar fazendo um levantamento manual, pois durante os 8 anos de gestão de Edivaldo Holanda Júnior, não houve a implantação de um sistema informatizado na pasta. “Em uma semana seria possível ter um panorama da carência da rede, a Secretaria Municipal de Administração (Semad) nos informou, em último encontro com o sindicato, que também aguarda a Semed com este documento para seguir com os trâmites. Enquanto entidade sindical, o nosso papel é de lutar pelos direitos da categoria, pressionar e, assim, estamos fazendo”, informou
Presente na reunião virtual, a concursada Socorro Schiedt declarou não entender os reais motivos dela e de outros profissionais ainda não serem convocados, pois é fato que há uma enorme carência na rede. “Infelizmente, durante todos esses anos as coisas vinham acontecendo do jeito que a Prefeitura de São Luís achava que era o certo, nós sabemos que podemos suprir a necessidade da rede, inclusive já recorremos à justiça, que, em liminar obrigou a Prefeitura de São Luís a nos contratar. É uma situação fácil de resolver, pois ainda há casos de professores seletivados e contratados que foram aprovados neste concurso que aguardam apenas por suas nomeações, ou seja, a carência ultrapassa o número de profissionais que estão esperando, ainda há casos de vacância de cargo público”, declarou
Por unanimidade, os concursados que participaram da reunião disseram não entender o motivo de o município recorrer à decisão da Justiça – alegando prejuízo econômicos – e continuar insistindo em manter profissionais contratados para ocupação de cargos públicos de forma irregular. O secretário de Assuntos Jurídicos, Cássio Souza, confirmou para todos os presentes na reunião virtual que, o Sindeducação não medirá esforços para que essa situação seja logo resolvida, pois entende que a Prefeitura de São Luís, ao atender essa demanda, trará um retorno positivo para a educação publica do município.
“Todo candidato aprovado dentro do número de vagas conforme a previsão no edital, possui o direito subjetivo a nomeação, portanto, a Administração tem o dever de nomear e dar a posse até o final do prazo de validade do concurso. Nós estamos unidos nesta causa. Sem dúvidas, com essas nomeações teremos o fortalecimento para a prestação de um serviço público de qualidade. Vamos pressionar!”, afirmou o dirigente sindical.
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