Uma comissão de professores retornou, na manhã desta terça-feira, 29 de agosto, à Câmara Municipal de São Luís, para entregar dados sobre os recursos do FUNDEB e solicitar, por meio do legislativo, a folha de pagamento do magistério.
A sessão, presidida pelo vereador Osmar Filho, líder do governo, não priorizou a pauta educacional, apenas alguns vereadores, a saber Umbelino Júnior, Marcial Lima, César Bombeiro, Sá Marques, Marquinhos destacaram a greve dos professores, que permanecem ocupando a Secretaria Municipal de Educação (Semed) desde o dia 24 de agosto, em protesto à intransigência do prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
Na tribuna, o vereador Sá Marques defendeu o direito legítimo de greve dos professores e rebateu as ofensas ditas pelo Secretário de Educação, Moacir Feitosa, que chamou os professores de baderneiros durante entrevista. “Secretário Moacir, baderneiro são vocês que não cumprem a Lei e ainda se acham no direito de rotular os professores que estão defendendo um direito legítimo que está sendo usurpado pela Prefeitura de São Luís.
Já o vereador Marcial Lima pediu que o chefe do executivo assuma as negociações e a resolução do impasse. “A prefeitura de São Luís não pode continuar omissa para a causa dos professores. Edivaldo Holanda Júnior precisa colocar um fim nessa situação.
Durante o pronunciamento, o vereador Marquinhos, fez um pedido ao chefe do executivo de que retire o secretário de Educação, Moacir Feitosa, pois o mesmo “está sem condições psicológicas para dialogar com os professores”. O parlamentar foi duro na crítica ao titular da pasta educacional, pois considera que o impasse está na atuação truculenta do secretário que não tem habilidade de negociação.
Já o vereador Umbelino Júnior chamou a atenção do poder executivo municipal para a Lei de Transparência. “A prefeitura de São Luís não pode se eximir dos parâmetros da Lei de Transparência e negar o acesso a folha de pagamento do magistério, portanto vamos exigir, nem que seja no âmbito jurídico, frisou o vereador”.
Assembleia Legislativa
Uma outra comissão de professores também foi recebida pelos deputados estaduais Wellington do Curso (PP) e Eduardo Braide (PMN). Os professores entregaram ao deputado os documentos da Procuradoria Geral do Município que comprovam que a Prefeitura de São Luís está utilizando o mínimo dos recursos destinados para a pasta da Educação.
Em seu discurso, o deputado estadual Eduardo Braide foi enfático na defesa e na legitimidade do movimento paredista dos professores do município de São Luís. O deputado criticou a postura do Prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior e o Secretário de Educação, Moacir Feitosa que continuam intransigentes e sem diálogo com a categoria dos professores.
Já o deputado Wellington do Curso criticou a postura impositiva do chefe do Palácio de La Ravardiére. “Edivaldo Holanda Júnior tem que honrar as calças que ele veste, deixar de ser birrento e pôr um fim nesse impasse que somente prejudica professores e alunos”, concluiu o deputado.