Na manhã desta sexta-feira, 10.11, os professores da rede pública municipal, reunidos em assembleia, deliberaram pelo fim do movimento paredista de 2017 e início da Campanha Salarial de 2018.
Em Assembleia realizada no auditório Alberto Abdalla, na Fiema, a direção do Sindeducação expôs o resultado da reunião mediada pelo Ministério Público entre o Sindeducação e a Prefeitura de São Luís. Na ocasião os técnicos da Assessoria Contábil do MP relataram a negativa do reajuste salarial para a categoria, justificando que a análise da documentação enviada ao MP pela Prefeitura, mostrou que 100% dos recursos do FUNDEB e ainda parte do MDE estão sendo investidos para o pagamento dos professores. Apesar dessa constatação, os técnicos do MP detectaram inconsistências e má gerenciamento na folha de pagamento dos educadores, tanto que fizeram recomendação à Prefeitura de São Luís para que devolvesse cerca de quatro milhões de reais ao Funded provenientes dessas inconsistências detectadas no estudo.
A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco explicou o posicionamento da entidade sindical na mesa de reunião e questionou o estudo do MP em diversos pontos. “Dissemos ao Ministério Público que a resposta da análise é imoral e que não vamos aceitar esse argumento, mas que estamos abertos para discutir a folha do magistério que, inclusive, precisa ser analisada, precisa ser auditada. Precisamos da folha dos professores que estão em sala de aula, os professores que estão na Semed e ainda os que estão em outras secretarias. Os professores que estão em processo de aposentadoria, quantos são? Precisamos saber de tudo isso.
Em seguida os professores aprovaram o fim do movimento paredista de 2017 e o início da campanha salarial 2018 logo em dezembro. Outro item que ficou decidido foi a retirada das multas em desfavor do Sindicato e da presidente do Sindeducação Elisabeth Castelo Branco, multas que ainda estão correndo na justiça.
Pauta de Reivindicação de 2017
Apesar de não alcançar o reajuste, a luta dos professores não foi em vão e vários outros pontos da pauta de reivindicação foram exitosos.
– Concessão de progressões horizontais e verticais, que abrangeu cerca de 90% da categoria;
– Posse dos Membros do Conselho do FUNDEB;
– Posse dos membros do Conselho da Alimentação Escolar;
– Posse dos membros da Comissão da Eleição de Gestor;
– Retomada dos trabalhos de reestruturação do PCCV;
– Planejamento efetivo da Semed em relação as manutenções e reformas de escolas que estão sem condições de funcionamento.
Para a professora Elisabeth Castelo Branco agora é hora de recomeçar, visto que a luta não acabou e que várias batalhas ainda virão. O ano de 2018 vai ser um ano complicado e precisamos saber das dificuldades e a unidade é essencial para a nossa vitória. “Construímos a luta de cabeça erguida e com a certeza que temos garra e determinação para lutar. Agora precisamos respirar, pensar e reconstruir a luta e é dentro desse aspecto que precisamos criar fôlego para recomeçar, com força e união. Sabemos que o ano de 2018 não vai ser fácil, por isso não podemos esmorecer”, disse a presidente do Sindeducação, Elisabeth Castelo Branco.
