Caso UEB professor José Gonçalves do Amaral Raposo

Desde o início desta semana, o Sindeducação acompanha de perto o caso da UEB Professor José Gonçalves do Amaral Raposo, localizada em Pedrinhas. Nossos diretores, já na segunda-feira (30/01), se dirigiram à escola, durante a ação Blitz nas Escolas, para dar apoio aos docentes na denúncia que expôs a difícil situação da unidade de ensino, que não oferece condições mínimas para o exercício da profissão de todos os profissionais da educação que ali trabalham e, claro, também para os alunos.

Devido à situação crítica do espaço escolar, mobiliário deteriorado, fiação elétrica exposta, lousas apodrecidas por cupins, ventiladores quebrados, quadra esportiva com estrutura toda comprometida e banheiros sem condições mínimas de uso, os docentes se uniram e decidiram cruzar os braços e não iniciarem o ano letivo, enquanto a Secretaria Municipal de Educação (Semed) não tomasse as providências mais urgentes.

Já na terça-feira (31/01), a diretoria do Sindeducação foi comunicada que a Semed iniciou o envio de bebedouros, lousas e cadeiras para a escola – a superlotação de alunos também é um outro problema, pois não havia cadeiras suficientes para comportar a grande quantidade de alunos matriculados para 2023.

Ontem, 1º de fevereiro, em um pedido de socorro da comunidade para chamar atenção da sociedade exigindo atenção do Poder Público sobre a situação da escola, os moradores de Pedrinhas realizaram um ato e, mais uma vez, o Sindeducação esteve presente. A manifestação contou com a cobertura da imprensa e o subprefeito da Zona Rural Dilmar Araújo e representantes da Semed estiverem no local e conversaram com os pais e responsáveis na tentativa de acalmar os ânimos. Apesar da pasta da educação ter iniciado o envio de materiais mais urgentes, ninguém da Prefeitura de São Luís durante a manifestação falou sobre prazos para o início de uma reforma completa no local, o que ficou acordado foi uma reunião para tratar do assunto para esta sexta-feira (3) na subprefeitura da Zona Rural.

O que diz o Sindeducação

Não é de hoje que o Sindeducação cobra a Prefeitura de São Luís um cronograma que apresenta os nomes das escolas e quais tipos de intervenções que serão feitas dentro do Programa Escola Nova nestes espaços. Inclusive este assunto é frequentemente cobrado nas reuniões que a entidade tem com a Semed e que são intermediadas pelo Ministério Público, por meio das Promotorias de Justiça de Defesa da Educação. Nossa entidade não entende os motivos da pasta de não compartilhar essas informações que são de interesse da sociedade.

Anos de sucateamento da rede pública municipal de ensino nos governos anteriores, pandemia, falta de fiscalização dos órgãos competentes, resultaram em uma categoria estafada e que não consegue mais tomar para si as responsabilidades que são exclusivas do Executivo e quem paga um preço alto com tanta omissão são os milhares de alunos que não conseguem ter acesso à uma educação pública de qualidade.

O Sindeducação presta todo o apoio necessário para a comunidade e docentes para as manifestações que pedem escolas dignas dentro da rede. Inclusive, durante o diálogo que mantém com pais e responsáveis vem reforçando que é preciso somar forças na luta por melhorias, que educação é um direito de todos (as). Nossa entidade espera que toda a repercussão do caso da UEB professor José Gonçalves do Amaral Raposo implique em celeridade para o início de uma reforma completa no espaço. Seguiremos acompanhando todos os próximos passos, bem como de outras unidades que precisam de maior atenção da Prefeitura de São Luís.

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