Carreira, remuneração e formação marcam o debate do primeiro dia da Conferência Livre

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O Sindeducação – gestão Resistir, Lutar e Avançar nas Conquistas, iniciou, nesta quinta-feira, a I Conferência Livre dos Professores da Rede Pública Municipal de São Luís. O evento ocorreu durante o dia todo, no Auditório Zenira Fiquene, Faculdade Pitágoras.

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Na cerimônia de abertura, o professor Emanuel Itayron, emocionou a plateia com a música “Anjo da Guarda” de Leci Brandão. A secretária de Assuntos Educacionais, professora Gleise Sales, fez a leitura do Regimento Interno da Conferência Livre, colocando para aprovação. A mesa foi composta pela presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco e os professores da base, Joizacawpy Costa e Flávio Rodrigues.

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“ Louvo essa atitude do Sindeducação, pois é importante dialogar sobre o pilar mais importante de uma sociedade que é a Educação. Que todos esses debates se transformem em ações concretas para serem efetivadas nos espaços escolares”, frisou a professora Joizacawpy

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Em seguida, a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco parabenizou a todos os professores presentes e ressaltou a importância deste momento. “ Esta é uma oportunidade ímpar para discutir o pluralismo de ideias, ouvir o professor, democratizando o processo de construção de soluções de forma coletiva. Estes dias de debates, de conhecimento, troca de experiências, com certeza impactarão na evolução do profissional do magistério”.

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Para abrir o ciclo de debates foi abordada a temática “Carreira e Remuneração do Magistério”, com o professor Cleiton Gomes, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE).

 Diante do cenário desfavorável para os trabalhadores do Brasil, o representante da CNTE afirmou que as classes precisam fortalecer a unidade e buscar conhecimento para enfrentar os desafios deste ano.  Sendo a carreira e remuneração temas indispensáveis para a vida profissional dos educadores, os quais eles precisam conhecer e apropriar-se de seus direitos para lutar por melhorias. O palestrante apontou a meta 18 do PNE que estabelece a necessidade de equiparar os salários dos professores às demais profissões de nível superior.  E, destaca que, ao longo de 60 anos, o docente perdeu cerca de 90% em equiparação à remuneração de outras profissões, a exemplo de um magistrado. O convidado também explicou que o custo aluno qualidade pode ser um direcionamento para efetivação da política de financiamento da educação, do piso e dos planos de carreira.

“ Essa é uma das metas do PNE que precisa ser cumprida, pois é o que a Lei garante. E nesse contexto o professor precisa assumir seu papel de envolver-se com a luta de classe e buscar a garantia de seus direitos”, disse, o professor Cleiton Gomes.

Após a palestra, foi aberto o momento para o debate, onde o público presente pode se pronunciar, abordando suas experiências na carreira profissional. A partir das discussões, a Conferência Livre, dentro do momento de construção, propôs a reavaliação, e posteriormente, alteração do termo da redação na estratégia 17.8 do Plano Nacional de Educação. O objetivo é de que seja garantida a participação dos profissionais do magistério em efetivo exercício em atividades estaduais e nacionais de educação.

No ensejo, a professora Elisabeth Castelo Branco, aproveitou a presença da representante do Fórum Municipal de Educação para solicitar que fosse garantida a participação de todos os professores presentes, na Conferencia Municipal, que será realizada pela Semed, e ocorrerá no fim do mês. A solicitação será formalmente encaminhada ao Fórum Municipal de Educação. 

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A presidente do Sindeducação trouxe para o eixo da discussão a realidade da rede municipal de São Luís.  “ Nós, professores, precisamos entender que somos trabalhadoras e trabalhadores e que o nosso trabalho é uma profissão e não um sacerdócio. Essa visão de que professor tem que trabalhar por amor é prejudicial para a nossa evolução profissional. O professor é um profissional de extrema importância para a construção de uma sociedade justa e igualitária, que merece ser respeitado e valorizado. Infelizmente, em nossa carreira todas as conquistas foram alcançadas com muita luta”, desabafou a professora Elisabeth C. Branco.

Durante a tarde, a programação foi dividida em dois momentos, a palestra do Prof. Dr. João Batista Bottentuit Júnior – (UFMA), “ Valorização do Professor e Formação Continuada” e, ainda, a diretora do Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (SINPEEM), Nelice Isabel Fonseca Pompeu, que tratou sobre o tema “O Perfil do Professor da Educação Infantil”.

A Educação Infantil é uma das modalidades mais afetadas pela negligência do poder público.  Apesar de todos os problemas, há um esforço dos professores em proporcionarem um ensino de qualidade para as crianças. A professora Nelice fez um panorama sobre a importância, os problemas e a falta de qualificação do professor da Educação Infantil. “A Educação infantil exige um envolvimento maior, pois vai além da formação, e neste contexto a prática se torna importante no processo de ensino. A estrutura das escolas que atendem crianças precisa de condições adequadas de acordo com as necessidades por faixa etária; o professor precisa de material e espaços para desenvolver atividades diferenciadas”, explicou a palestrante.

Para a secretária de Assuntos Educacionais e organizadora do evento, professora Gleise Ingrid Sales, o debate deste primeiro momento foi enriquecedor. “O Sindeducação vem consolidando o seu diferencial, investindo na formação do professor. A luta sindical não é só por melhorias no salário, nas condições de trabalho, é também para proporcionar o empoderamento e crescimento profissional dos educadores.

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