Nesta quarta-feira, 10, o Sindeducação visitou a UEB Darcy Ribeiro, no Sacavém, com o objetivo de dialogar com os professores e identificar problemas da escola. A Darcy Ribeiro, é uma das maiores escolas municipais da Capital, mas nunca foi reformada totalmente. Passou por reparos quando o teto desabou, em Março de 2017, e hoje é subutilizada pela Secretaria de Educação.
Durante a visita foram constatados problemas de infraestrutura. Esgoto estourado; quadra poliesportiva completamente destruída por falta de manutenção; paredes rachadas; salas de aulas diminutas com o número de alunos acima da capacidade.
A UEB Darcy Ribeiro, está localizada na Avenida dos Africanos, região que engloba os bairros Salinas do Sacavém; Sacavém; Coroado e Filipinho, e tem agonizado por falta de um olhar sensível da prefeitura.
Logo na entrada da escola, a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, foi surpreendida por uma grande poça de esgoto, que escorre por toda a calçada da escola e segue em direção da avenida.
Dentro do prédio ainda haviam mais surpresas desagradáveis, como forro caído – resultado do desabamento de 2017, quando alunos foram atingidos -, carteiras empilhadas – cheias de poeira e teias de aranhas – infiltrações nas paredes, instalações elétricas à mostra – algumas isoladas com fita adesiva – banheiros, que apesar de não estarem sendo utilizados, conservam bastante papel higiênico pelo chão -, pias sem torneiras, portas sem fechaduras, caixa d’água abandonada no fundo da escola – servindo de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
Considerada uma escola problema, devido as suas inúmeras falhas na estrutura que levaram professores a paralisar as atividades várias vezes. Os problemas da escola, são motivos de incontáveis denúncias do Sindeducação.
QUADRA ESPORTIVA – A quadra da escola é outro grave problema da unidade. Sem qualquer estrutura física, o local que deveria ser uma quadra poliesportiva, mas parece uma ruína. As crianças, que deveriam usufruir do espaço para atividades físicas, e até de lazer, são expostas ao perigo de se machucarem com os arames enferrujados. As redes, que deveriam cercar espaço e oferecer proteção, ou mesmo nas traves ou gargalo do poste de basquete, já não existem. O que sobra para as crianças é o perigo de acidentes ou ataques de criminosos na região da quadra. No local existem apenas estruturas do que um dia foi o vestiário, mas que atualmente encontra-se sem portas e rodeado por mato.
SUBUTILIZAÇÃO DO ESPAÇO – A Darcy Ribeiro possui 10 salas de aula, e capacidade para receber mil alunos em dois turnos. Os períodos da tarde e da noite, que incluíam o a modalidade EJA, deixaram de funcionar. O 6º e o 9º ano também deixaram de existir. Sem demanda, todos os professores que lecionavam nesse nível foram devolvidos para a secretaria, “o que é lamentável, tendo em vista a localização central na naquela região”, observa, Elisabeth Castelo Branco.
O Sindicato observa, com indignação, a perda e o remanejamento de alunos para o prédio que funciona a modalidade infantil. “Nós percebemos a situação em que a escola se encontra. O pior é ver o descaso da prefeitura em colocar as crianças que eram do Darcy Ribeiro (ensino fundamental) para um espaço muito apertado e, principalmente, em uma escola que é da educação infantil, não é adaptada para o ensino fundamental”.
Elisabeth, destaca ainda, que “não existe sala de direção, não existe estrutura, as professoras estão em um espaço totalmente apertado”.
Uma professora que não quis se identificar por medo de retaliações da Secretaria de Educação, corrobora dizendo que a sala dos professores e os laboratórios foram transformados em sala de aula. Para a professora o “colégio é uma bomba relógio, pois funciona onde antes era um curtume, o que deixa o terreno instável”.
Imprensa Sindeducação.