CAOS NA EDUCAÇÃO | Professores e crianças da UEB Roseno de Jesus sofrem com salas pequenas, mal iluminadas e sem ventilação

Ao invés de três, apenas uma lâmpada ilumina a sala, e ventilador funciona precariamente. Professor e alunos são submetidos ao calor e escuridão.

O Sindeducação cumpriu mais uma agenda de visita às escolas municipais, nesta quarta-feira, 16. A UEB Roseno de Jesus Mendes, na Vila Janaína, é o retrato do descaso que atinge a Educação Pública da Capital na gestão do prefeito Edivaldo Holanda Júnior, sob o comando do secretário de Educação, Moacir Feitosa. Salas pequenas, sem ventilação e mal iluminadas, são um verdadeiro martírio na vida de professores e alunos, que convivem diariamente, em ambiente insalubre.

As diretoras Nathália Karoline, Izabel Cristina e Mary Lourdes Santos, acompanharam a presidente da entidade, professora Elisabeth Castelo Branco, na visita. As dirigentes observaram, com tristeza, a dura realidade vivida por professores e crianças dessa escola.

Em dias de chuva, algumas salas da Roseno de Jesus deixam de funcionar por risco de desabamento ou curto-circuito. O teto das salas acumula muita água da chuva, que escorre entre uma lâmina e outra do forro, pelos cantos das paredes e pelas instalações elétricas, provocando um incessante gotejamento, deixando o piso da sala totalmente molhado. Além disso, provoca deterioração do revestimento e reboco das paredes.

Segundo uma professora que não quis se identificar, por medo de retaliação da Secretaria de Educação – SEMED, o maior medo da comunidade escolar, é que o peso da água que cai da chuva sobre o forro, ocasione um desabamento e um grande acidente, como já aconteceu em outras escolas. “É uma situação de preocupação diária que temos aqui com as crianças em primeiro lugar, e depois, com nossas próprias vidas”, desabafou a professora.

Seguindo a estrutura existente em quase toda a Rede Escolar, a UEB Roseno de Jesus não possui salas com tamanho padrão, para comportar e atender bem as crianças, que são alocadas em salas apertadas, sem ventilação, com uma ou sem nenhuma janela, que ocasionam um calor insuportável, surgimento de limo e mofo, que já foram integrados à decoração das salas.

De acordo com a professora Nathália Karoline, o mais lamentável é ver que quase todas as escolas perecem dos mesmos problemas. “Aqui na Roseno os alunos reclamam de estudar em salas escuras. Em cada cômodo foi possível constatar o uso de uma única lâmpada para iluminar uma sala que não possui janela, e é nesse ambiente, apertado, que o professor leciona para mais de 35 alunos”, ressaltou.

Em uma das poucas salas que possuem janela, um “tampo de mesa” foi utilizado para lacrar o espaço.

Além dos problemas gerais, o Sindeducação constatou a utilização de mesas escolares para lacrar janelas quebradas; bebedouros estão sem torneiras; e lâmpadas incandescentes (que propagam muito calor) também fazem parte da realidade de dezenas de crianças da rede municipal que estudam na Roseno de Jesus, na Vila Janaína.

Salas pequenas, quentes e mal iluminadas.

Para a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, essa realidade infelizmente é negligenciada pela Secretaria de Educação. “Pior que não resolver, é fazer que não enxerga o problema, e deixar de dialogar com a sociedade civil, sindicato, professores, que poderiam ajudar a solucioná-lo”, pontuou a sindicalista.

HISTÓRICO – Em 2015 aconteceu a última reforma realizada no prédio. Em 2012 e em fevereiro de 2016, a escola foi invadida por criminosos que roubaram objetos escolares e atearam fogo na sala de professores.

A situação do Anexo Pavãozinho, da Roseno de Jesus, também é preocupante. Abordaremos o assunto no próximo texto.

Imprensa Sindeducação.

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