A diretoria do Sindeducação visitou mais uma escola na tarde desta segunda-feira (11). Os professores da UEB Camélia Costa Viveiros, no Coroado, receberam a visita da dirigente sindical Nathália Karoline. As aulas da escola foram suspensas para realização de reforma predial no período de 20 de abril à 26 de junho de 2018, e apesar do tempo parado, os problemas de infraestrutura persistem. A unidade é mais uma que está sem condições de iniciar o ano letivo imposto pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED). Durante as chuvas, goteiras no teto fazem surgir uma “cachoeira” na parte interna da escola.
A “nova instalação elétrica” já apresentou problema, provocando curto-circuito e deixando as salas de aula, banheiros e parte do prédio sem energia. Segundo a professora Nathália, até o banheiro adaptado para pessoa com deficiência está sem fornecimento de energia, o que não deveria ocorrer em hipótese alguma, segundo a Lei de Acessibilidade”.
Foram cerca de oito meses, entre o fim da reforma e o reaparecimento dos problemas de infraestrutura nessa UEB.
Além do problema elétrico, o forro ameaça desabar, fato que levou a Direção da Escola a interditar algumas salas. São problemas de toda ordem, infiltrações, goteiras, e uma biblioteca pequena para atender a comunidade escolar de maneira adequada. “Professores e alunos ficam encurralados em um canto”, lamenta a sindicalista.
SALA IMPROVISADA – É no minúsculo espaço da Biblioteca, que no turno Matutino funciona uma turma do 8º Ano, e à tarde, turma do 1º Ano. “É uma tragédia anunciada essa situação. Iremos denunciar em todas as instâncias que pudermos”, frisa.
Várias salas estão com ventiladores e lâmpadas queimadas, onde alunos e professores ficam submetidos a uma verdadeira escuridão, e ao desconforto de ambientes abafados e sem qualquer ventilação.
A umidade e a proliferação de cupins atingem o acervo de materiais didático-pedagógicos. “É total desrespeito e descompromisso com os professores, alunos, e com a população, que acredita em uma educação melhor para seus filhos. Mas como lecionar e aprender em um cenário desses? Fica aqui meu questionamento”, destaca.
Os problemas não param por ai. As paredes estão com marcas de infiltração por todos os lados; fezes de pombos lotam a parte superior do forro que ainda não cedeu, e algumas salas de aula sequer têm portas.
OFÍCIOS NÃO RESPONDIDOS – Segundo as professoras, inúmeros ofícios já foram encaminhados à Secretaria Municipal de Educação (SEMED), mas nunca obtiveram resposta sobre os pedidos de manutenção da unidade. “Parece que a SEMED abandonou a escola à própria sorte, assim como este abandono pode ser percebido no entorno da escola, que está completamente tomado pelo matagal”, desabafa uma professora lotada na UEB.
ALAGAMENTO – Imensas goteiras ocasionam o surgimento de verdadeiras “cachoeiras” nos corredores e na cozinha da escola. Assista ao vídeo que registra o descaso da Prefeitura de São Luís.
Imprensa Sindeducação.