Os educadores de São Luís estão convocados para Assembleia Geral Extraordinária do Sindeducação, que vai discutir e encaminhar as próximas ações da categoria, e o posicionamento em relação ao silêncio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e da Prefeitura de São Luís, no que diz respeito às demandas pedagógicas e ao cumprimento da Lei do Piso (reajuste de 4.17%). A assembleia acontece neste sábado, dia 16, às 8h30, no auditório do Curso Wellington (Monte Castelo).
A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, reforça o convite aos educadores, ressalta a importância do momento e a necessidade de intensificação da mobilização dos trabalhadores. “Nós já cobramos, oficialmente, a reabertura das negociações com SEMED, e solicitamos o início das negociações financeiras com o Comitê Gestor Financeiro do município, que é o responsável por gerir o dinheiro da educação municipal, mas, lamentavelmente, sem resposta até o momento”, informa a sindicalista.
Para o Sindeducação, a posição de silêncio, inércia e descaso com as demandas dos professores é marca da gestão Edivaldo Holanda Júnior. “O prefeito não cumpre a Lei Nacional do Piso, e não repassa, há dois anos, o reajuste da categoria”, denuncia Elisabeth Castelo Branco.
Além dos 4,17% de reajuste da Lei do Piso em 2019, os educadores cobram 17,46% de perdas salariais ao longo da gestão do prefeito Edivaldo.
Na área pedagógica, os professores sofrem com a implantação precária do Diário Online (SisLame); falta de estrutura nas escolas; o não cumprimento de 1/3 de hora atividade; negativa de capacitação para quem possui jornada ampliada; e imposição de um calendário escolar, sem qualquer consulta aos professores, dentre outros problemas.
SEM DIÁLOGO – Na primeira e única reunião do Comitê Sindical de Educação com a Secretaria Municipal de Educação – SEMED, o secretário de Educação, Moacir Feitosa, iniciou o encontro afirmando que não possui autonomia financeira para discutir reajuste salarial com os trabalhadores, mesmo sendo secretário municipal, e que tal política teria sido definida pelo próprio prefeito, que transferiu a competência pela gerência dos recursos da educação para um Comitê Gestor Financeiro do Município; entretanto, que todas as demandas pedagógicas seriam debatidas, e as pertinentes, encaminhadas pela secretaria.
Apesar da promessa de resolutividade das demandas pedagógicas, o secretário desmarcou, a menos de 24 horas de sua realização, a segunda reunião de negociação que seria dia 6 de fevereiro, data sugerida pelo próprio titular da SEMED. Mesmo com a cobrança, ainda não respondeu o ofício do Sindeducação, que solicita o reagendamento das reuniões.
Segundo a presidente do Sindeducação, a categoria vai intensificar, a partir desse momento, a mobilização e organização em defesa dos direitos. “Vamos unificar as forças e lutar o bom combate. Sabemos que a intenção da cúpula do Governo Municipal é protelar, mas não vamos desistir”, declarou a líder sindical.
Professora / Professor, a sua participação é fundamental nesse processo de construção da luta, assim como para tomada de decisões. Contamos com a sua presença! Participe!
Imprensa Sindeducação.