Contra a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pela garantia de direitos históricos dos trabalhadores e trabalhadoras, o Sindeducação participou, nesta terça-feira, 11,  de Ato Público em frente a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), localizada no Bairro Cohab, em São Luís. O evento foi organizado pelas centrais sindicais e federações de trabalhadores que atuam no Maranhão, com apoio de diversos sindicatos.

No ato, trabalhadores de diversos segmentos manifestaram repúdio ao golpe contra a sociedade brasileira, que está prestes a perder uma das maiores conquistas do último século. O MTE foi criado no governo Getúlio Vargas, em 1930, e sua perspectiva trouxe a ascensão da figura do trabalhador, além de melhorar as relações trabalhistas e contribuir para a geração de emprego e maior assistência à classe trabalhadora.

A partir disso surge a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, que por décadas trouxe segurança jurídica para a classe, mas em um golpe nefasto, o governo Temer retirou esse dos mais de 90 milhões de brasileiros.

O MTE é responsável pelo fortalecimento de políticas de geração de emprego e renda, fiscalização dos direitos trabalhistas, aplicação de multas, dentre outras atribuições de relevada importância, que ficarão fragilizadas sem a existência de um Ministério de Estado.

Para a 2º Tesoureira do Sindeducação, profª Nathália Karoline, os trabalhadores precisam se levantar para a batalha. “O ano de 2019 será marcado por muitas lutas, vamos ter que reagir, mostrar força e unidade, acordar o gigante que está adormecido em nós, pois o momento é de resistência! Os professores estão sendo atacados pela direita conservadora, que visa retirar a liberdade pedagógica do professor em sala de aula e constituir uma educação calada pela mordaça de um falso moralismo. A hora é essa! Somos todos trabalhadores e vamos integrar forças e para cima desse governo carrasco”, frisou a sindicalista.

Durante o ato a auditora fiscal do trabalho, Mônica Duailibe, ressaltou que o fim do MTE desequilibra a relação capital e trabalho, e favorece o crescimento da desigualdade social. Ela aponta que é importante “ao trabalhador, tomar consciência da sua situação enquanto classe, e de uma solidariedade que precisar existir, vislumbrando que esse projeto em curso busca a precarização dos sindicatos. A partir dessa consciência, é preciso utilizar as redes sociais e as novas formas de organização, para reivindicar que haja melhor repartição do trabalho”, salientou.

Para encerrar o ato, os participantes fizeram um abraço simbólico ao prédio da SRTE. O momento também serviu para reforçar a unidade da categoria diante de um cenário que revela tempos de retrocesso para àqueles que laboram para o desenvolvimento econômico do país.

O Sindeducação manterá a mobilização junto as entidades sindicais em defesa dos direitos do trabalhador, assim como na luta pelo Estado Democrático de Direito, em que prevaleça o bem-estar social e igualdade para todos.