ADVERTÊNCIA | Professores realizam paralisação em defesa de direitos e por melhores condições de trabalho

Apesar da chuva, professores compareceram ao local de concentração, e marcharam até a Câmara Municipal.

Os Professores da Rede Pública Municipal de São Luís realizaram nesta terça-feira, 3, na Praça Deodoro, uma Paralisação de Advertência contra a política de arrocho salarial da Prefeitura de São Luís, em defesa do reajuste salarial e por melhores condições de trabalho. A soma das perdas salariais dos últimos quatro anos chega ao percentual de 32,15%.

A Lei do Piso (11.738/2018) prevê que no mês de janeiro de cada ano ocorra a implementação de um reajuste anual, que em 2020 foi de 12,84%, entretanto a Prefeitura negou mais uma vez o direito salarial da categoria.

O movimento denominado “Caminhada da Resistência” saiu da Biblioteca Benedito Leite em direção a Câmara Municipal, onde seria votado o Projeto de Lei que prevê o pagamento de abono salarial. Entretanto, mais uma vez, o PL não foi votado em razão da falta de transparência nas informações sobre os recursos e forma de rateio.

O Poder Executivo devolveu o PL sem as alterações solicitadas pelos vereadores, e caso seja aprovado dessa forma, vai excluir diversos professores que trabalharam, proporcionalmente, no ano de 2019; e penalizará professores com duas matrículas e os que têm jornada de 30h. A categoria segue em vigília nos próximos dias.

A dirigente sindical Nathália Santos ratificou que os salários da categoria são os mesmos desde 2016. “O poder de compra do salário do professor está defasado; estamos amargando este prejuízo desde 2017. O Prefeito não dialoga com os professores desde 2013, e a equipe de governo até este ano não se manifestou para conversar com a categoria’”, reitera a sindicalista.

Professora Nathália Karoline concede entrevista a uma equipe de TV.

Para o professor Milton Júnior, o sentimento é de desvalorização com os profissionais do Magistério. “Nas falas das pessoas, dentro e fora das escolas, percebemos o quanto elas não querem ser professores, pois é uma profissão muito desvalorizada, principalmente em São Luís”, lamenta.

A professora Karla Martins também denunciou a falta de cuidado com as escolas da Capital. Ela citou o exemplo da UEB Zuleide Bogea, abandonada pela Prefeitura de São Luís ao longo dos últimos anos, e que agora necessita de reforma. “A ameaça é de fechar a escola, e realocar as crianças para um outro local que não sabemos onde”, frisa.

JUNTOS VENCEREMOS! – Nos dias 17 e 18 de março os professores da Rede Pública Municipal de São Luís realizarão mais duas paralisações. A decisão foi aprovada por ampla maioria dos educadores, durante assembleia geral realizada no último dia 18, no auditório da FETIEMA. A paralisação do dia 18 é em defesa de um Novo FUNDEB permanente, e vai contar com a participação das Centrais Sindicais e demais entidades de trabalhadores ligados à Educação, no movimento intitulado Greve Geral da Educação.

Imprensa Sindeducação.

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