MOBILIZAÇÃO | Sindeducação participa de ato no Centro de São Luís em defesa da classe trabalhadora e contra a Reforma da Previdência

O Sindicato dos Profissionais do Magistério da Rede Municipal de São Luís – Sindeducação participou, nesta quarta-feira 20/02, da Assembleia Geral da Classe Trabalhadora, momento de luta e resistência contra a Proposta de Emenda da Constituição – PEC da Previdência n.º 6/2019, na Praça Deodoro, Centro de São Luís.

Sindeducação presente contra o pacote de maldades de Bolsonaro.

O ato, convocado pelas centrais sindicais Força Sindical, CTB, CSB, CUT e demais entidades sindicais e movimentos sociais, buscou mobilizar e conscientizar os trabalhadores que transitavam pelo maior centro comercial da cidade, sobre o “pacote de maldades” apresentado pelo Governo Bolsonaro, que retira direitos historicamente conquistados. A proposta da reforma da Previdência Social, entregue nesta quarta-feira, 20, pessoalmente pelo presidente Bolsonaro ao Congresso Nacional, começará a tramitar pela Câmara dos Deputados. E se for aprovada, seguirá para o Senado.

Para o Sindeducação, as mudanças apresentadas não criam um sistema igualitário e justo, sendo na verdade, uma grande manobra que prejudicará a classe trabalhadora em favorecimento à classe empresarial.

PROFESSORES – Os professores também serão diretamente atingidos com regras mais duras, e o fim da Aposentadoria Especial. Antes não havia idade mínima, e o tempo de contribuição ficava em 25 anos para mulheres e 30 para homens. Terão agora que ter 60 anos, para ambos os sexos, e 30 anos de contribuição para receber o benefício.

A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, foi enfática e fez um alerta sobre as graves consequências da PEC aos professores. “Muitos professores trabalham em péssimas condições, sem infraestrutura, com turmas lotadas, que precisam se desdobrar em várias horas de aula, agora terão uma longa jornada de trabalho pela frente, apesar disso prejudicar a sua saúde e até acarretar doenças ocupacionais”, destacou.

A sindicalista alertou ainda, que a proposta da Reforma da Previdência também prevê um aumento na alíquota de contribuição. “Ou seja, os funcionários públicos que ganharem acima do teto do INSS terão descontos previdenciários em seus contracheques entre 12,86% a 16,79%, um absurdo”, denunciou.

Professora Elisabeth Castelo Branco conclamou os trabalhadores à luta.

A PEC 6/2019 estipula uma idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos para os homens, com tempo mínimo de contribuição de 20 anos no regime geral para se aposentar. De acordo com o texto, trabalhadores rurais, que hoje podem se aposentar com 55 anos, no caso das mulheres, e 60, no caso dos homens, ou com 15 anos de contribuição, passarão a receber o benefício, ambos, aos 60 anos, ou 20 anos de contribuição. Os militares não estão incluídos nessa proposta, o Governo prometeu enviar um projeto específico para a categoria.

A professora Natália também participou do ato e citou que esse governo é corrosivo ao retirar diversos direitos da classe trabalhadora, o direito das mulheres, e de todas as classes. “Venha para essa luta que não é apenas do sindicalizado ou dos sindicalistas, ela é do trabalhador para continuarmos a ter a nossa dignidade, pois essa PEC atinge diretamente a todos nós”, destacou.

As professoras Gleise Sales; Raimunda Gualberto; Mary Lourdes Santos; Bernadeth Silva; também participaram representando o Sindeducação e os educadores da Capital.

Lideranças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão – SINPROESEMMA, Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado do Maranhão – SINTSPREV/MA, Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado do Maranhão – Sindsep, Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal – Sintrajufe, e as Centrais Sindicais Força Sindical, Central Única do Trabalhadores – CUT, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil-CTB, e representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais – MST, e outros, também estiveram no evento.

Imprensa Sindeducação.

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