As mulheres foram às ruas nesta quarta-feira (8), fazer ecoar o grito de indignação contra o projeto de Reforma da Previdência (PEC 287) e de Reforma Trabalhista (PL 6.787/2016) que o governo do presidente Michel Temer tenta aprovar no Congresso Nacional. Dirigentes do Sindeducação e professores da base participaram de ato político na Praça Deodoro, centro da capital maranhense.
O evento foi convocado pelas Centrais Sindicais ((CTB, CUT, CSP CONLUTAS, CSB, Força Sindical, NCST e UGT), e pela Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Maranhão (FETAEMA). Nesse clima de unidade, trabalhadores das zonas urbana e rural marcharam juntos ao longo da principal rua do comércio (Rua Grande), até a Praça Nauro Machado onde ocorreu shows com artistas da terra.
Se aprovada, a PEC 287 vai aumentar o tempo de contribuição dos trabalhadores. Os homens que contribuem com 35 anos, passarão a ter de mais 14 anos de trabalho, que totalizam 49 anos. A medida é mais injusta, ainda, com as mulheres, que hoje precisam contribuir 30 anos com o sistema, mas com a nova lei, trabalharão mais 19 anos caso queiram ter aposentadoria integral.
Outra diferença é que, atualmente, quem contribui um período de 15 anos, já tem direito a uma aposentadoria proporcional; com a PEC 287, esse tempo aumenta em 10 dez anos, ou seja, para começar a ter direito, só com um minimo de 25 anos de trabalho. A proposta que tramita no Congresso Nacional já tem data para ser votada, 16 de março.
Para Josidete Barbosa, vice-presidente do Sindeducação, a mobilização realizada pelos trabalhadores foi muito boa para alertar a sociedade sobre os graves danos das propostas de reforma. “A nossa participação nesse ato é muito importante, entender que não podemos nos calar nesse momento delicado que o nosso país passa é fundamental para mantermos o foco e seguir na luta” pontuou a dirigente sindical.
15 de março: Greve Geral Nacional da Educação
As manifestações do Dia Internacional da Mulher antecedem a Greve Geral Nacional da Educação que está marcada para o dia 15 de março. A paralisação cobra também, maiores investimentos no Sistema de Educação.
A reforma da previdência vai acabar com a aposentadoria especial aos 50 anos. Além disso, o professor que se aposentar aos 65 anos só vai receber 50% da média salarial. Para receber os 100%, ele vai ter que se aposentar compulsoriamente aos 75 anos e não podemos deixar isso acontecer”, argumentou a professora Elisabeth Castelo Branco.
As atividades do dia 15 de março vão acontecer na sede do Sindeducação, com palestras e debates sobre a atual conjuntura política do Brasil, a Reforma da Previdência e como a reforma vai afetar a vida do professor.