8 DE MARÇO | Sindeducação conclama a categoria para mobilização do Dia Internacional da Mulher

 

No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, mulheres do mundo inteiro estarão nas ruas para dar continuidade à luta contra o feminicídio, os diversos tipos de violência contra a mulher e a Reforma da Previdência. O Sindeducação participará das mobilizações, e conclama a categoria a se fazer presente nas atividades de luta, que serão realizadas na Praça Joãozinho Trinta (Reffsa/Centro), a partir das 14 horas, com a participação dos movimentos sociais.

O número de denúncias de violência contra a mulher cresceu quase 30% em 2018. No Maranhão, de acordo com a Delegacia Especial da Mulher, foram registradas 1.103 ocorrências de lesão corporal e 1.868 casos de ameaça, tendo como vítimas mulheres. Além disso, foram contabilizados 50 casos de feminicídios. Em 2019, de janeiro ao começo de fevereiro, já foram registradas 2.312 ocorrências de violência contra a mulher, estatística alarmante.

Todas juntas, não faremos um minuto de silêncio pela morte das nossas companheiras de luta que tombaram, pelo contrário, todas gritarão em uma só voz – em memória delas, como Marielle Franco, eleita democraticamente e assassinada covardemente no Rio de Janeiro.

No dia 14 de março completará um ano desde a execução de Marielle e, até o presente momento, os culpados não foram punidos. Por isso, exigimos que as investigações avancem, esclarecendo-se o envolvimento das milícias no assassinato da vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes. Não podemos aceitar que, depois de 12 anos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), e 3 anos da tipificação do Feminicídio (CP art. 121, VI) o número de casos de crimes contra a mulher só aumente no Brasil!

Estaremos nas ruas também contra a Reforma da Previdência, que atingirá principalmente as mulheres, que possuem direito à aposentadoria diferenciada devido às condições impostas pela sociedade. Elas recebem menos e trabalham, em média, 5 (cinco) horas a mais do que os homens. A proposta do Governo Bolsonaro, entre outros ataques, propõe nivelar o tempo de contribuição entre homens e mulheres, ignorando completamente essas diferenças.

O novo governo propõe aumentar o tempo de contribuição, a idade mínima ou a forma de contribuição das trabalhadoras rurais. Se isso acontecer, a pobreza no campo aumentará, assim como a migração de trabalhadoras (es), que buscarão oportunidades em outros lugares.

Para as mulheres com deficiência, a proposta do Governo pretende acabar com o BPC (Benefício de Prestação Continuada) que é pago às pessoas com deficiência e idosas de famílias pobres. Além de aumentar a idade para receber, vai diminuir o valor pago, sendo inferior ao salário-mínimo. E para as mulheres pobres que recebem pensão, não será mais possível acumular pensão por morte e aposentadoria, terão de escolher um dos dois benefícios.

Atualmente, a aposentadoria especial pode ser solicitada com 15, 20 ou 25 anos de contribuição, a depender da função. O benefício sofrerá mudanças drásticas. As professoras, que exercem atividade penosa, reconhecida pela OMS (Organização Mundial da Saúde) serão afetados radicalmente.

Todas as esferas de servidores públicos serão atingidos pela Reforma da Previdência (federal, estadual e municipal).

As mulheres jovens entrarão no mercado no trabalho sem perspectiva alguma de se aposentar. Por isso, convocamos a se juntarem a nós todos aqueles que acreditam que não se pode construir um mundo mais justo, sem igualdade de gênero e marcado, sobretudo, pela violência, intolerância, desrespeito e abuso contra as mulheres!

Reúna um grupo de amigas no bairro, na escola, na igreja, na família e conversem sobre este esse assunto. Reflitam sobre as suas filhas, mães, netas, irmãs, vizinhas e amigas que sofrem diversas violências, que perdem direitos sociais e econômicos, que são oprimidas no dia-a-dia.

No dia 8 de março, continuaremos a escrever a história que nossas antepassadas começaram. Uma história árdua, mas cheia de amor, respeito, acolhimento e luta. Seguiremos em resistência! Por Nenhum Direito à Menos! Mulheres Contra Bolsonaro! Viva a luta das mulheres!

 

Fonte: Fórum Maranhense de Mulheres.

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