Dando continuidade às atividades do mês de março, o Sindeducação participou de ato organizado por vários movimentos feministas pelos 5 anos da morte da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, assassinada a tiros junto com seu motorista no Rio de Janeiro. O crime ocorreu no dia 14 de 2018 e até hoje segue sem respostas sobre quem foi o mandante.
Marielle Franco, uma mulher preta, criada da favela do Rio de Janeiro, levou consigo para o parlamento os sonhos de toda uma comunidade, aos 37 anos tornou-se a vereadora mais votada na história do Rio de Janeiro com 46 mil votos. Era filha, mãe, feminista e lésbica, representava as minorias e muito batalhou para fortalecer a luta das mulheres negras, que, historicamente são silenciadas. Batalhou especialmente em relação à política de segurança pública nas favelas do Rio de Janeiro e as violações de direitos humanos.
Seu assassinato no dia 14 de março de 2018 revelou para o mundo como se dá a atuação de muitos milicianos que “trabalham” a serviço de poderosos no estado. As investigações levaram, em março de 2019, à prisão de dois policiais executores, mas os motivos e os líderes do atentado permanecem desconhecidos.
Desde 2018, o 14 de março, se tornou o “Dia Marielle Franco” contra o genocídio da mulher negra, uma data para refletir sobre a desigualdade, o preconceito e as inúmeras injustiças que assolam principalmente as mulheres negras no Brasil. Marielle plantou uma semente, representou um marco porque conseguiu ocupar um lugar de representatividade na política (dominada por homens brancos) e teve seu direito covardemente retirado.
O Sindeducação ao participar do ato que marcou os 5 anos sem Marielle Franco pontuou que este assassinato é um crime contra o Estado Democrático de Direito e lembrou que agora, com a mudança no governo, aumentam as esperanças para que as autoridades responsáveis cumpram o seu papel e os mandantes do crime sejam encontrados e punidos nos rigores da Lei.
Não será uma tarefa fácil, mas é preciso continuar pressionando e cobrando respostas, multiplicando o legado e defendendo a memória de Marielle e das mulheres negras para que sigamos ocupando, cada vez mais, os espaços de poder.