O Sindeducação convoca os educadores da Rede Pública Municipal da Capital para as atividades de luta dessa sexta-feira, 14. Pela manhã, os educadores participam da Assembleia Geral Extraordinária, às 8h30, na FETIEMA, que vai definir as próximas estratégias de mobilização da categoria, discutir proposta de acordo judicial, dentre outros. À tarde, a Greve Geral acontece a partir das 13 horas, na Praça Deodoro, com a participação dos trabalhadores de todas as categorias; estudantes das universidades, institutos federais, escolas estaduais e municipais; e movimentos sociais em geral. As pautas centrais giram em torno da defesa da Previdência Social e da Educação Pública, dentre outros.
Neste dia, os professores da Rede Municipal também denunciarão o descaso da Administração Municipal com as demandas da categoria. Além dos 4,17% de reajuste da Lei do Piso em 2019, os educadores cobram 17,46% de perdas salariais ao longo da gestão do prefeito Edivaldo. Na área pedagógica, os professores sofrem com a implantação precária do Diário Online (SisLame); falta de estrutura nas escolas (algumas interditadas e fechadas); o não cumprimento de 1/3 de hora atividade; negativa de capacitação para quem possui jornada ampliada; e imposição de um calendário escolar, sem qualquer consulta aos professores, dentre outros problemas.
A presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco, reforça o convite aos educadores, ressalta a importância do momento e a necessidade de intensificação da mobilização dos trabalhadores. “É um momento de avaliação da nossa luta e das estratégias de mobilização, diante da possibilidade de retomada do diálogo pela SEMED e Governo Municipal”, informa a sindicalista.
SAIBA MAIS – O presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, reforçaram os ataques à Educação Pública, cortando R$ 5,7 bilhões de reais das verbas educacionais, sendo R$ 2,1 bilhões das universidades e institutos federais. Da Educação Básica, foram cortados R$ 914 milhões do orçamento geral; R$ 273 milhões do programa de apoio à infraestrutura das escolas de ensino básico; e outros R$ 132,6 milhões alocados para apoiar essa etapa da vida estudantil, segundo informa o Jornal O Globo.
Nem iniciativas específicas para as creches e pré-escolas escaparam dos cortes: R$ 15 milhões estão congelados do programa de manutenção da educação infantil (15,7% do total programado). Em outra ação para implantação dessas escolas, a perda foi de R$ 6 milhões (20% do total).
A alfabetização de jovens e adultos também entrou na mira do MEC, com corte de R$ 14 milhões dos R$ 34 milhões previstos no orçamento. Um programa específico que promovia qualificação profissional entre esse público também sofreu corte, de 25% do total de R$ 40 milhões.
Para a professora Elisabeth, os ataques representam um claro recado do Governo à Educação: Vamos destruir todo o sistema educacional brasileiro!. Para a sindicalista, dos professores se engajarem às ruas e reforçar o coro de resistência ao desmonte da Educação Pública brasileira.
Imprensa Sindeducação.