Sindeducação fiscaliza obra de escola que não saiu do papel

Foto 01

A reforma da UEB Rubens Teixeira Goulart Anexo II, localizada no bairro Cohab-Anil que deveria ser comemorada por alunos, professores e gestor escolar está trazendo dor de cabeça para a comunidade escolar. Marcada para ter início no final de setembro, os serviços de recuperação da escola, não passaram do início do conserto da cisterna.

Após denúncia de pais e professores, a diretoria do Sindeducação registrou o abandono da obra e não encontrou nenhum profissional da construção civil no local para dar informações

Transferência dos alunos

Foto 02

A UEB Rubens Teixeira Goulart Anexo II, possui cinco salas e possui cerca de 200 alunos do Ensino Fundamental das séries iniciais. Devido ao início da “reforma” do prédio as crianças tiveram que ser transferidas para outros locais para continuarem os estudos.

Três salas foram remanejadas para o prédio do Anexo I – Escola PAX, que após 10 meses de reforma, voltou a funcionar, e outras duas salas estão funcionando no prédio da Igreja Assembleia de Deus Aliança Eterna, localizada próximo ao prédio “em reforma”.

Com a transferência, outros problemas já ficaram evidentes nas escolas, como a superlotação do Anexo I – UEB Pax, Anexo I do Rubens Teixeira Goulart e a falta de infraestrutura mínima nas salas que funcionam no prédio da Igreja Assembleia de Deus.

Sem condições

foto 03

Após as denúncias, os diretores do Sindeducação puderam constatar os problemas que estão sendo enfrentados pela comunidade escolar que foi remanejada para as salas que ficam na área da Igreja Assembleia de Deus.

As salas são cobertas com telhas de amianto e não possui nenhuma janela para ventilação natural, não possuem paredes completas e o barulho de uma sala atrapalha o desenvolvimento da outra. Os alunos não possuem local apropriado para lancharem, tendo que comerem na sala de aula e o recebimento da merenda escolar acontece sob o sol escaldante, em plena nove horas da manhã.

Apesar de um espaço bem extenso, em frente à Igreja, as crianças não podem se divertir, nem ficar transitando no local, devido a uma determinação da igreja para que o andamento dos cultos e reuniões não sejam prejudicados pelo barulho dos pequenos.

foto 03

Outro problema apontado é que os profissionais que trabalham na escola, não dispõem de local para trabalharem. Não existe sala de professor nem um local para a coordenação desenvolver as suas atividades, por enquanto, as profissionais dispuseram algumas cadeiras e ficam sentadas perto do portão, na sombra que o muro faz.

“Estamos trabalhando em condições insalubres, em salas quentes, sem nenhuma condição”, dispara a professora Zélia de Oliveira.

Reformas que não resolvem

Enquanto o prefeito divulga na mídia a entrega de “novas” escolas, a realidade para quem trabalha ou estuda nesses locais não são nada animadoras.

Escolas que acabaram de ser entregues para a população já passam por problemas, como o caso da UEB Maria José Vaz, localizada no Bairro João de Deus que já apresenta infestação por cupim. Toda a estrutura do teto já está comprometida, com sério risco de desabamento. Outro problema relatado por pais, alunos e professores é que a escola não foi adequada para receber os aparelhos de ar condicionado. As janelas não foram trocadas e, como são vazadas, o efeito do equipamento fica aquém do desejado.

Outras escolas que foram climatizadas, como o caso das UEB Ana Lúcia Fecury e UEB Prof. José da Silva Rosa, localizadas no bairro do São Bernardo, também estão enfrentando o mesmo problema.

“A Prefeitura está brincando com a educação de São Luís. Queremos e lutamos por uma educação pública de qualidade e reforma das escolas de forma responsável que realmente contemple e resolva os problemas das escolas. Fazer mídia na televisão e maquiar a realidade, não vamos aceitar”, disse a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.